A denúncia foi feita para investigar
uma pedalada fiscal do governo Paulo Câmara na ordem de R$ 3 bilhões em
operação com a Petrobras.

O presidente estadual do Democratas, Mendonça Filho, e a deputada
estadual Priscila Krause (DEM), entraram com representação no Ministério
Público do Estado de Pernambuco (MPPE) e no Tribunal de Contas do Estado de
Pernambuco (TCE-PE) denunciando pedalada fiscal do governo Paulo Câmara na
ordem de R$ 3 bilhões em operação com a Petrobras.
Para fazer o acordo com a Petrobras, o Governo aprovou uma Lei que
autoriza o Estado a abrir mão do pagamento de impostos devidos e de receitas
futuras. Nas representações, Mendonça e Priscila pedem que o TCE e ao MPPE que
impeçam o Estado de celebrar esses acordo que ele é absolutamente lesivo ao
interesse do Estado.
A Petrobras tem R$ 1,2 bilhão de dívida constituída até 2015, cerca de
R$ 320 milhões de 2015 a 2019 e mais R$ 90 milhões anuais a partir de 2020. O
que soma, em 20 anos, R$ 3 bilhões de impostos da Petrobrás a pagar ao Estado
de Pernambuco. O Governo comete a pedalada fiscal ao trocar uma dívida/receita
bilionária de R$ 3 bilhões por um recebimento imediato, ainda no atual
exercício, de R$ 440 milhões.
A Lei Complementar sancionada pelo governador Paulo Câmara, é taxativa
ao abrir mão dessa conceituação tributária a partir de 2015, mas vincula esse
entendimento à necessidade de a Petrobras pagar o acordo dos R$ 440 milhões nos
próximos vinte dias.

“O governo Paulo Câmara está fazendo uma Petrolada, uma pedalada fiscal
nesse acordo com a Petrobras. Não podemos deixar o governador comprometer
nossos investimentos por má gestão”, afirmou Mendonça, ressaltando que o
Governo está “vendendo o almoço para comprar o jantar”.
A deputada Priscila Krause questiona o fato de a maior operação de
perdão tributário das últimas décadas em Pernambuco estar baseada em lei com
fragilidades que não garantem a segurança jurídica do processo.
“A lei não trata apenas de perdão de juros e multas, mas de cinquenta
por cento do imposto, que no caso da Petrobras representa centenas de milhões
que estamos abrindo mão. O governo não cumpriu as obrigatoriedades legais para
uma operação desse porte, que afeta as receitas dos pernambucanos de agora e do
futuro”, explicou a parlamentar, ao presidente do TCE, Marcos Loreto.
Ao receber a representação, o presidente do TCE disse que encaminhará
para a área técnica e, na sequência, o conselheiro relator decidirá sobre o deferimento
ou não de uma cautelar impedindo o Estado de assinar o acordo até julgamento do
mérito.

O projeto de lei enviado às pressas pelo Poder Executivo à Assembleia
Legislativa fere à LRF porque não apresentou a compensação exigida para os
casos em que há renúncia de receita. Além disso, os dados enviados
extraoficialmente à Casa – após a publicação do PL no Diário Oficial –
apresentaram informações falsas, a exemplo do registro textual de que tal
renúncia estaria prevista no Anexo de Metas Fiscais da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) em vigência no Estado.
Na representação, Mendonça e Priscila questionam o fato de o Governo
fazer ginástica legislativa jogando fora as regras da legislação tributárias.
Vinculou uma conceituação tributária ao pagamento de um acordo entre partes
específicas e isso é claramente irregular. Os valores referentes à receita
futura de R$ 90 milhões por ano que o governo de Pernambuco está abrindo mão
são baseados em entendimento do próprio Estado de Pernambuco, que atestou em
diferentes instâncias de julgamento que os city-gates – pontos de entrega que
compõem o sistema de fornecimento de gás natural – constituem espaços de
industrialização, cabendo à incidência de ICMS na saída do produto.
Veja o vídeo:
Da redação do Portal com informações da Ascom de Mendonça Filho
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